2004 e o dia
o vinte e cinco de Junho
Lá rumou à Mealhada
Numa tarde pouco fria
Bandeira da porca em punho
Um grupo de maganões
Destravados da carola
E da língua de Camões
Saltitantes, ponta em mola
Ao Simões - o dos leitões
P'ra repasto pintarola
 
Vindos das quatro partidas
Deste jardim pasmacento
Deu A FUNDA SÃO as dicas
E organizou-se o evento
Que fica longe, carago!...
Quase no meio do mundo
Mas quanto vale um afago
Dado a preceito e bem fundo?
 
Paleio do piorio
- E nem se espera que mude -
Mealhada? Fica ao meio!
Não mora lá a virtude?
Será o pouco que caiba
Nestas mentes inquietas
Pois para que conste e saiba
Lá estarão avôs e netas
 
'Bora, ir, que a festa tarda
Diz o velho, a moça, o puto
E p'ra que o leitão não arda
Vai de regá-lo com Bruto
(Bruto será vocelência
Digo eu que nunca ralho
Já me faltando a paciência
Onde me sobra o trabalho...)
 
Quem és tu?
E tu quem és?
Pergunta-se a quem vier
Com olhos que até te comem
Cai um coração aos pés
Se quando s'espera um homem
Dá à costa uma mulher

É isto que tem de bom 
A cena da blogosfera
Termos sempre o condão
De sermos quem não se espera
E será bem bom de ver
Cada um como reaja
Quando enfim se aperceber
Que aquele gajo... é uma gaja
 
E porque a terra é de vates
(Bates-me uma mas com jeito...)
Desatam a oder dislates
Com menos rima que peito
Eu por mim odo o que posso
Não sendo a mais obrigado
E odo até que o pescoço
Me doa de ter odado
 
Num mundo de inveja e ódio
Odei-vos até mais não
Só p'ra levarmos ao pódio
Dos blogs A FUNDA SÃO
Autora das primorosas
(Que talvez seja um autor) 
Desvenda o colo e SÃO ROSAS
Flores de sexo sem dor
 
Danada p'rà brincadeira
Usa no blog esta lógica
Tanto lhe dá ser brejeira
Como SÃO escatológica
Nem sei se a SÃO é um ele
Como lá p'ra trás lhe canto
Sei só que me eriça a pele
Que me dá ponta e quebranto 
 
Odei, amigos, que a vida
É curta demais e torta
Esperando que a comida 
Seja leitão e não porca
(Que p'ra porca chega ela
A vidinha que nem dizes...)
Odei por isso na rua, no emprego, à janela
Odei, meus caros amigos, odei e sede... elizes!
 
- ORCA DOS SETE MARES
Em 25 de Junho de 2004, 
ENCONTRO D'A FUNDA SÃO,
no Simões dos Leitões - Mealhada

 

Aceitam-se e agradecem-se elogios ao OrCa por esta ode.

"Este homem ode p'a caralho, este homem é uma máquina de oder, este homem é o meu ídolo da oda. Avé!" --  Isso Agora...
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