A lenda da São Rosas

Eram três vezes (*1), num reino não muito distante (*2) mas longínquo (*3) que viveu a São Rosas, uma mulher muito à frente (*4) do seu tempo. 

Diz a lenda que domava as cobras cuspideiras (*5) bastando-lhe fazer-lhes festinhas. As cobras ficavam firmes e hirtas (*6) e cuspiam todo o veneno, que ela recolhia para as suas experiências de alquimia. 

O porquê de ela ter ficado com o epíteto de "funda" ainda está a ser investigado pelos historiadores. Mas há já teorias a esse respeito... 

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(*1) foi há tanto tempo que uma vez não chega 

(*2) mas com estradas miseráveis 

(*3) em termos de PIB per capita 

(*4) atrás, nada (para ela, isso eram modernices)

(*5) também conhecidas por cobras de sacos ou cobras de cabeça vermelha 

(*6) sim, sim, como uma barra de ferro 

 

 

O verdadeiro  milagre da Rosas

Um dia, o rei ia a cavalo pelo bosque. Encontrou a rainha, despenteada e com as roupas num desalinho. E algo parecia estar debaixo do manto:
- O que é isso que aí tens por baixo do manto, minha rainha?
- São Rosas, senhor!...
- Ah, bom!
O rei voltou para o castelo e a rainha pôde continuar o que estava a fazer com a Maria da Conceição Rosas.

Moral da história - Debaixo dos mantos havia papos húmidos e não papossecos...


A versão do Papo-Seco:

 

  ra uma vez o Rei D. Dinis que vivia com a Rainha Santa Isabel no Castelo de Leiria. A Rainha tinha mandado fazer a igreja de Nossa Senhora da Penha, lá no Castelo onde moravam, na qual trabalhavam muitos alvanéis . Santa Isabel dava muitas esmolas aos pobres , o que às vezes contrariava o Rei, tanto mais que as esmolas da sua mulher eram grandes e repetitivas. Um dia, levava a Rainha, numa abada do seu manto, grande quantidade de moedas para distribuir, quando lhe apareceu, de surpresa, seu marido e Rei , que conhecendo a Rainha e calculando o que ela levava no manto, lhe perguntou: 

- Que levais aí, Senhora?
Ao que a Rainha Santa lhe responde:
- Rosas, Senhor!
O Rei, que era Rei mas achava que não era parvo , vociferou na sua voz fininha e diferente (tipo Carrilhão a gritar com a Bárbara):
- São Rosas Mas É o Caralho!
E a Santa Rainha, abrindo o manto em que levava as moedas , deixou-as cair já transformadas em lindas rosas, frescas e viçosas. O Rei seguiu o seu caminho, sorrindo contente e a Rainha ficou mais contente ainda .

Papo-Seco - blog Uma Sandes de Atum


Declara São

Ai São, São, 

Bela princesa encantada 

Montado no meu alazão 

Fazia-me já à estrada 

Quer de terra ou alcatrão 

E dava-te a minha espada... 

O Vizinho

 

Como a São não há igual 

Montada em belo alazão 

A esgrimir a cuspideira 

Corre o todo nacional 

Empinando a Funda São 

Mal coberta p'la bandeira 

E canta como quem ri 

Diz quem sabe destes fados 

Eu próprio, que bem n'a vi 

Envolta em seus cortinados...

OrCa

 

Hino d’a funda São 

Música - São Rosas

Letra - o grande OrCa

Estribilho:
Erotismo é um grito, uma bandeira
Que erguemos para o céu como quem ode
Que feliz, que fecunda, que faceira
A maneira como na Funda se fode

Pois se poucos são aqueles que dão o grito
Do Ipiranga no que toca a tal função
Bordaremos nós por cá caralho e pito
Na bandeira erguida ao céu d'A Funda São


Pois se nem tudo o que nos fode é erótico
Sebo há que dar ao mastro da bandeira
E deslizar acima, abaixo, de maneira
Que o pendão se erga ao céu de patriótico

Alevantar d’A Funda São o estandarte
Que liberte até o estro semiótico
De fazer real manguito ao psicótico
E do sexo assumir a obra de arte

(estribilho)

Seja ela uma artesinha, um artesão
Mais importa é criar essa corrente
Que levante, empurre tudo à sua frente
E que traga à nossa vida outro tesão

E tu, ó meu triste parvo, armado em puro
Sonegando à populaça o nobre sexo
Não esqueças que a tua vida só tem nexo
Porque os teus pais o tiveram puro e duro

(estribilho)

Que não vives tu decerto em doce encanto
De cuidares por ingénua hipocrisia
Que do dia viste a luz em benta pia
Aspergida por alado esp’rito santo

A verdade que é dos livros e da vida
É tremenda e brava e todos nela apostam
Simplesmente é vivê-la bem vivida
E gostar daquilo que os bichinhos gostam

(estribilho)

Fica assim, irmãos, erguido ao destino
O desafio, o desatino, a ilusão
De em vez de torcermos o pepino
O deixarmos respirar na Funda São!
 

 

 

a funda São - serviço púbico - 2004

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