Número zero - a apresentação da ExpoFoda |
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QUENTES & BOAS
--- Herman José é esperado hoje, quinta-feira, pelas 23 horas, na ExpoFoda. A "Missão Rábula", certamente com objectivos inconfessáveis, é uma operação da SIC. E se mais não dizemos é porque mais não sabemos.
--- Cristina Costa, a "stripper" que desencaminha os homens no programa "Fiel ou Infiel", da TVI, esteve na apresentação da ExpoFoda. Inquirida pela nossa equipa de reportagem (Luís Graça+Dick Hard+Inocêncio Pinga-Amor, ou seja, eu) adiantou que vai desfilar "lingerie" da sex-shop Afrodite e ainda proporcionar a todo o respeitável público um show erótico na companhia carnal do seu marido Richard. E reacções das pessoas à sua participação no "Fiel ou Infiel" ? Já houve muitos insultos? "Pelo contrário, toda a gente que vem ter comigo é para me felicitar".
--- "Estou muito feliz por estar aqui. Espero que isto possa ser o início de muitas vitórias. É importante abrir as portas para o mercado português. 'Tá bom? Valeu? Sucesso para todos". Quem disse estas bonitas palavras? Alexandre Frota, depois de chamado ao palco por Bibian Norai: "Olá, que tal, amor?".
--- A montagem dos "stands" do pavilhão 4 da FIL foi o bom e o bonito. A malta da logística tinha um bocado de dificuldade em se concentrar, perante o material que ia entrando no seu campo de visão. Tipo criancinha em loja de brinquedos. L.G. BRIGITTA! BRIGITTA! BRIGITTA! Aguenta,
coração! Foi,
sem dúvida, o momento da noite. A
louríssima Brigitta, um espanto de mulher, mesmo ao lado do vidro do
Jardim do Marisco, começou a tirar a roupa e...vai buscar Tibi, que se
faz tarde! Abanei!
Se fosse a Torre de Pisa no meio de um tornado só parava na prateleira
dos jogos na “Toys R Us”. Fiquei
particularmente impressionado com o lado espiritual do “piercing”
vaginal e do pequeno anel prateado num dos dedos dos pés. Ao
lado, um senhor fisicamente bem constituído, que acompanhava a menina,
nem vibrava que fosse um estremecimento de dominó. E ela lá ficou a
sorrir, ao colo do senhor, vestindo-se rapidamente. Mãe, quero mais! L.G.
PUTAS LEGAIS É NA COLÔMBIA
Chama-se Samantha e é uma colombiana cheia de estilo. Extrovertida, sentido de humor, atrevida com um toque tímido, se Deus quiser. Natural
de Cali, veio para a Europa há seis anos. Está radicada em Espanha
(Valência) e não diz que não a uma boa “paella”. Também era
melhor! De
resto, aprecia imenso a comida valenciana. E eu, espera aí que já te
dou o arroz: “Então como vamos de sexo na Colômbia?” “É
um país muito aberto. O trabalho do sexo é legal”. A
prostituição é legal na Colômbia? “Sim,
com todos os cuidados que isso implica”. Ou
seja, inspecções das autoridades sanitárias. Não
há nenhum Salão tipo ExpoFoda, mas há iniciativas de variados
calibres. A
menina Samantha faz parte do “stand” de Melany Moore e está disponível
para as Private Dance. Nos seus “shows” de strip dá-lhe com música
forte, tipo heavy metal ou rock pesado. Só
não ficámos com água na boca porque o nosso copo tinha Licor Beirão. E
os portugueses? “Muy calientes”. No meu caso é mais “muy carente”. L.G.
BIBIAN
NORAI E VANESSA MAE
JUNTAS NOS PALCOS DA FIL Luís
Graça: Então! É verdade! Dick
Hard: Ó meu, vai dar banho ao cão! É
verdade, sim senhor. Bibian Norai vai-se despir ao som rasgadinho do
violino energicamente paganiniano de Vanessa Mae, a menina que toca
violino de olhos fechados enquanto disserta interiormente sobre “A Crítica
da Razão Pura”, do Immanuel Kant. E se não quiser não cante. Mas
há mais. Muito mais. Bibian Norai soma ao violino de Vanessa Mae um
vestido de flamenco de se lhe tirar o chapéu. Ainda não vi, mas não
custa nada escrever. É bem provável que não esteja a faltar à
verdade. Por estas altura, pode ser que alguém já tenha apreciado e
depois navegue aqui no blog e diga: “Porra, isto é que é jornalista
em cima do acontecimento!”. E
mais? E mais? Diz a Bibian: “Vou
fazer aí uns sete shows de strip, a uma média de dois a três diários.
Aposto mais em trajes para o lado do fantástico. Doirados, coisas
vistosas. Os shows duram uns 20 minutos e interagem com o público.
Chamo-os ao palco, ponho as pessoas quentes”. Quem
estiver muito quente, tem bom remédio: salte para o Tejo. Se o
Professor Marcelo o fez, a iniciativa não será inédita. Em
Portugal há indústria porno? “Há,
mas é pequena. Está à espera de emergir. Por isso é que viemos cá,
para que a indústria fique mais forte”. O
intercâmbio entre Portugal e Espanha é possível? “Claro.
Já se faz em toda a Europa. Portugal há-de lá chegar, com os seus
actores e a sua identidade sexual”. A
decoração de interiores é coisa do passado ou pode dar-lhe uma recaída? “É
passado. Agora só faço em minha casa. Não tenho tempo”. E
agora, senhores leitores, um rasgo de verdadeiro génio. Se estavam à
espera da sacramental pergunta (“Quais são as coisas que mais a
atraem e mais a repelem no meio da pornografia?”) que tal esta: Quais
foram as coisas que mais a atraíram e mais a desgostaram no meio da
decoração de interiores? “A
parte positiva é a criatividade, que eu ponho em tudo em que participe.
A parte negativa acontecia quando já havia uma relação de muita
confiança com um cliente e as coisas descambavam para: ‘ai, não
gosto do tom da parede, ai a cortina ali não pode ser...’. A
pornografia é muito mais simples”. Apesar
dessa simplicidade toda, há quem faça dela um bicho de sete cabeças.
Não receia que haja manifestações de protesto à porta do Salão, por
parte de mentes mais puritanas? “Não!
Estou certa de que isso não vai acontecer. Quem quer, entra. Quem não
quer fica de fora. Estou confiante de que não vai acontecer nada de
mal. A ocorrer, seria um atentado à liberdade sexual das pessoas
portuguesas”. Tomem
e embrulhem! (Porra,
são apenas quatro dias por ano. Deixem lá a malta esquecer o défice e
as agruras da vida) Numa
altura em que as relações entre a Europa e os Estados Unidos são
reequacionadas, como se pode comparar a pornografia dos States e a
pornografia europeia? (Reparem
como consegui fazer uma pergunta banal de um modo intelectual) “A
produção dos Estados Unidos é muito maior. Fazem 150 mil filmes por
ano. E filmam muito mais rápido, sem dar muita atenção ao argumento.
As mulheres americanas são mais ‘pneumáticas’. Na Europa há
uma tradição cultural mais ampla”.
Estava
na hora de me levantar da mesa e ceder lugar aos outros jornalistas. Eu
cá foi um bocado ‘à canzana’. Perguntei se podia falar com a malta
e quando me disseram que sim saltei educada e jornalisticamente em cima
da Bibian. A
Bibian esteve em Portugal toda a semana passada e esta semana foram mais
quatro dias de promoção do Salão. Mas em frente ao Tejo era a
primeira vez, descontando a refeição com o Frota, pouco tempo antes. Que
tal de Tejo? “Gosto
muito do rio. Vivo numa casa ao lado do mar. Gosto de estar em Lisboa.
É uma cidade aberta, que sabe receber bem”. O Mostrengo Adamastor tinha razão. A senhora é uma simpatia. L.G. PROGRAMA DAS FESTAS PARA DIA 30
Zona
Fetiche: Espectáculos de Lady Monique de Nemours e Mistress Basia (14 e 30 horas, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24). Exposição
de fotografias e pintura de artistas como Hélder e Celso Júnior. Zona
Gay: Shows masculinos às 14 e 30 horas, 15 e 30, 16 e 30, 17 e 30, 18 e 30, 19 e 30, 20 e 30, 21, 21 e 30, 22 e 30, 23 e 30, 00 e 30. Cinema
(Clássicos porno, filmes de culto): “Torturas de Prazer num campo nazi” (Gail Palmer, Bob Chinn, 1981); “Atrás da porta verde” (Mitchell Brothers, 1977); “Pecados Escaldantes” (Marc Dorcel); “Adolescentes sem vergonha” (John Stagliano, 1991); “No parque é que é bom” (Duck Dumont, Charles de Santos, 1985); “Látex, o orgasmo virtual” (Michael Ninn, 1996). Hard Zone: Os espectáculos mais quentes do Salão, com Melany Moore & Companhia e Anusha. Shows contínuos todos os dias. “Casting”
para quem quiser aderir ao erotismo. Palco de espectáculos: Espectáculos com todas as estrelas internacionais e as melhores strippers. Life
Strip Club --- diariamente às 14, 14 e 30, 15 e 15 e 30. Exotic
Angels --- diariamente (excepto domingo) das 22 às 00 e 30. Palco principal: Artistas internacionais --- diariamente, das 16 às 22. Arte Erótica: DDACO apresenta, em estreia, o trabalho “Octopidarium”, o único Rolls Royce erótico do mundo.
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DICKATORIAL ONDE HÁ MILHO HÁ POMBOS
Onde há milho há pombos, ou diz o povo ou inventei eu agora mesmo. Vem isto a propósito das reacções do pessoal à beira-Tejo, sempre que uma das vedetas do Salão Erótico começava a despir a roupa. Como por magia, formava-se logo um círculo bem comportado de curiosos e um "pelotão de fuzilamento por flashes" constituído por jornalistas das mais variadas proveniências "mass-mídicas". Passou-se tudo na noite e princípio de madrugada de quarta para quinta, no Jardim do Marisco, sub-território do Jardim do Tabaco, ali a Santa Apolónia, que já tinha sido escolhido para "quartel-general" do lançamento do livro "Amanhã à mesma hora", da bióloga/stripper/escritora Leonor Sousa. Até elas começarem a despir-se, a apresentação do Salão decorria em clima de franca confraternização, comes e bebes e etc. Pelo meio, muitas entrevistas, com a porta-voz do Salão, Bibian Norai, francamente requisitada. E o Dick Hard partiu da pole position neste particular. Quando elas começaram a despir-se, aí sim, foi a loucura total, embora sem desmaios. Silenciosa e reverendamente, o público queria ver tudo desde o princípio. Mas elas tão depressa se vestiam como se despiam. E enquanto a Anusha mostrava os seios mesmo à beirinha de um mergulho involuntário no Tejo, este vosso Dick Hard (ou seria o jornalista Luís Graça?) vestia o pullover, que a humidade fazia alguma mossa e o copinho de licor Beirão não tornava o plumitivo invulnerável à frescura da madrugada. Para além dos profissionais, muito telemóveis se ergueram em manifestação de agrado. E muitos nus (parados ou em movimento) passaram a constar dos últimos modelos da tecnologia de comunicação. Alexandre Frota chegou com uma bela morena pela mão, faltavam cinco minutos para a meia-noite. Dois minutos depois, começava a apresentação oficial. E agora? O que vai acontecer no Salão, vulgo ExpoFoda? Antevejo sucesso. E avanço com o número de 30 mil visitantes. Fontes bem informadas disseram-me que vinha muita gente do Porto. Também antevejo gente a fugir das câmaras de televisão, depois de visitar o Salão. E críticas dos sectores mais puritanos. E cartas aos directores de jornais. E cartas a contestar as cartas anteriores. E visitas dos famosos. E gente que gostava de ser fotografada com os famosos e não conseguiu. E pessoal trabalhador do Salão que ao fim de quatro dias está já mortinho para que aquilo acabe, para gozar um merecido descanso. É sempre assim. Já me aconteceu com o Estoril Open e o Salão de Banda Desenhada da Amadora. Mas, como dizia a personagem de Mira Sorvino, actriz porno em "Poderosa Afrodite", de Woody Allen, é mesmo para isto que eu me sinto vocacionado. Dick Hard
A
BOQUILHA DE ANUSHA Faz ela bem. Por acaso gostava de assistir a uma conversa entre o Professor Fernando Pádua e a Anusha. Ele a convencê-la dos malefícios do tabaco, ela a falar-lhe das vantagens da pornografia. L.G.
A
ALUNA DE COMANECI Melany
Moore, nome de artista. Com site em www.melanymoore.com. Raimundo,
o homem por trás das meninas, não deixa esquecer. Italiano de
Nápoles, sabe promover as suas meninas e vai apresentando o grupo de
trabalho ao jornalista. São mais ou menos uma equipa de andebol de 7 e
estão em Lisboa para strips e strips privados. Melany,
a stripper das acrobacias impossíveis, teve a melhor professora do
mundo. Uma senhora muito respeitável chamada Nadia Comaneci,que
deslumbrou o mundo do desporto nos Jogos Olímpicos de Montreal, em
1976, atingindo a perfeição: “10” e as desculpas do júri. Melany
nunca entrou em competições, mas foi praticante de ginástica entre os
5 e os 22/23 anos. Há nove anos que anda nesta vida. Um pouco por toda
a Europa, com “bases” em Espanha e Itália. “E
em Outubro vamos estar em Barcelona”, lembra Raimundo. Então
e Lisboa, Melany? “Gosto
das pessoas. É a primeira vez que estou cá, mas muito agradada. Quero
vir sempre ao Salão de Lisboa”. Bolas!
E as portas só abrem às 14 horas... Isto é que é fé, senhores leitores. L.G.
A
MULHER QUE ADORA MILO MANARA Enquanto todos os jornalistas andavam atrás de Bibian Norai e Melany Moore, uma mesinha do canto do Jardim do Marisco estava recatadamente à conversa, apreciando a brisa do Tejo. Checas
à meia-dúzia, entre elas Cláudia Claire e Jane Darling, que já tinha
falado para a SIC. E também a deliciosa francesa Nomi. Normal, pois já
se conhecem de outros carnavais porno. Entre
outros filmes, vi o “Enfermeiras Quentes” com a Nomi e a Jane
Darling e resolvi exercitar a prática da língua francesa. Refiro-me à
minha prática da língua dela e não à prática da língua dela em
mim. Posso
sentar-me? “Je
vous en prie”. “Merci
bien”. A
Nomi já esteve em Portugal há cinco anos, para fazer strip num clube
da zona do Porto. Ponderada, recusou-se a fazer os elogios da praxe aos
portugueses, pois ainda não viu nada. Chegara a Olissipo há poucas
horas. Nomi
filma um pouco por todo o lado. França, Espanha, Estados Unidos,
Alemanha. Anda nisto da pornografia há cinco anos, mas não pensa parar
para já. “Enquanto
me divertir...” E
agora outra pergunta cheia de quintessências: gosta mais de filmar nos
Estados Unidos ou na Europa? (Diz
Europa, diz Europa, diz Europa, um, dois, três, Europa!) “Gosto
mais de filmar nos Estados Unidos”. (Oh!) “Nos
Estados Unidos filmam mais rápido. E gosto do calor”. Mas
os filmes europeus não são um bocadinho mais poéticos, mais oníricos,
não têm outro cuidado com o argumento, com os cenários? “É
verdade. Por isso filmo na Europa e nos Estados Unidos. Gosto das duas
coisas. Os “gros films” têm esse atractivo, de ser mais cuidados.
Fala muito bem francês”. Agradeci.
E até nem estava no esplendor máximo. Tinha passado um bom bocado da
noite a falar espanhol, o que danifica sempre bastante a cremalheira
linguística. E só de ver os olhos da Nomi tão perto dos meus ficava
com a tarefa um bocado dificultada. Apetecia-me ir passear com ela ao
longo do Tejo, de braço dado, a segredar-lhe confidências do estilo: -
Sabe, apesar de ser um grande conhecedor de pornografia, não sou bem
tarado sexual. Isto é tudo carências, sabe. E gostava de me tornar seu
amigo. Não alimento qualquer esperança de ter conhecimento bíblico do
seu corpo. O tempo das utopias já passou. Mas
nada disto aconteceu. -
O meu francês? Oh! Já estou muito esquecido. Falta-me prática,
principalmente de escrita. Mas vejo cinema francês, dou-me muito bem
com as pessoas do Instituto Franco-Português, leio muita BD em francês
e vejo o bloco noticioso da France 2, às 6 da matina, antes de me
deitar. -
Ah!bem... -
Gosta de BD? -
Gosto. -
Conhece o Christophe Blain, do “Isaac, o pirata”? E o Hervé Baru,
de “Os anos Sputnik”? -
Não, mas gosto muito de Manara. Ora
bem, eu estava em casa. E depois pus-me a falar do maestro e a contar da
visita dele à Amadora. Se
eu fosse o Frota, não sei como a noite teria acabado. Sendo o Luís
Graça (o Dick Hard é mesmo ficção), apanhei um táxi em Santa
Apolónia (os outros motoristas ficaram a bater uma cartada, que o
comboio da 1 e 19 não tinha agitado a praça como se desejava) e vim
para casa escrever. O grande prazer da noite foi comer dois chocolares
Cadbury (dos pequeninos) e ouvir bom jazz. E já gozo! L.G.
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(fo)dia-a-(fo)dia do I Salão Internacional Erótico de Lisboa. Esta página faz parte integrante do blog a funda São e não pode ser vendida separadamente. Se queres comentar, envia um e-mail que nós agradecemos. |